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ENGENHARIA GENÉTICA E DETECÇÃO DE OGMS

O que é Engenharia Genética?

Em um período muito curto de tempo, avanços na engenharia genética criaram um enorme potencial para a rápida introdução de melhoramentos genéticos em uma infinidade de alimentos e culturas de ração. Embora as tecnologias para identificação e isolamento de sequências genéticas específicas sejam altamente sofisticadas e precisas, as técnicas para inserção de genes desejados no DNA de uma planta ainda estão evoluindo. Elas exigem testes exaustivos para confirmar que as transferências genéticas desejadas foram realizadas e que o lote inicial expressará as melhorias genéticas desejadas em níveis adequados.

Há vários alimentos geneticamente modificados (“GE”) no mercado, e consumidores, agências governamentais e varejistas do setor de alimentos de vários países estão rapidamente tomando consciência e manifestando preocupações. Em alguns casos, eles estão exigindo identificação – pela capacidade de distinguir alimentos ou organismos geneticamente modificados (OGMs) de outros alimentos. Em algumas áreas, como partes da Europa e do Círculo do Pacífico, alguns grupos de consumidores estão tentando banir todos os OGMs até que potenciais efeitos corolários sejam melhor compreendidos. Estão sendo definidos níveis limiares em alguns países para estabelecer níveis máximos de OGMs em certos alimentos ou culturas.

 

Por que Realizar Testes de OGMs?

A identificação exige o conhecimento sobre o status genético de todos os ingredientes e a segregação e preservação da identidade dos ingredientes OGM e não OGM conforme eles se deslocam pelos canais de distribuição de grãos até a produção de alimentos. Tal segregação exige o rastreio reverso até o nível de semente e ascendente até a cadeia de processamento e distribuição para consumo varejista. Os testes de marcas genéticas também incluem culturas durante o ciclo de cultivo, para garantir que não tenha ocorrido polinização cruzada entre sementes GE e sementes não GE de uma mesma cultura.

Até hoje, as maiores aplicações de engenharia genética na agricultura têm se concentrado em culturas de alto volume: milho, grãos de soja, algodão, alfalfa e canola. As principais modificações têm se centrado em dois diferentes aspectos do controle de pestes: i) introdução de uma proteína produzida pela bactéria Bacillus thurigiensis (Bt) em sementes para proteção inseticida enraizada, e ii) resistência aos herbicidas sintéticos, como o glifosato (RoundUp®), nas chamadas sementes RoundUp Ready, ou glifosinato nas sementes LibertyLink®. Inúmeras variedades resistentes de insetos se desenvolveram pela utilização de segmentos genéticos únicos da bactéria Bt e, desta forma, expressam proteínas diferentes e específicas, como Cry1Ab, Cry1Ac, Cry1C, Cry1F, Cry2A, Cry3B, Cry34 and Cry9C. Independente da proteína expressada, essas diferentes variedades de Bt possibilitam que a planta produza sua própria proteção interna contra pestes como a broca do milho europeia, no caso do milho, ou contra o bicudo-do-algodoeiro, no caso das plantas das quais provém o algodão. De maneira semelhante, as variedades Bt têm sido desenvolvidas para outras culturas, como batata e arroz. As variedades tolerantes a herbicidas, por outro lado, tornam a planta resistente a poderosos herbicidas, como o glifosato (RoundUp) ou o glifosinato (Liberty®). Isso permite ao produtor aplicar herbicidas de maneira mais direcionada e eficiente, sem causar danos à cultura.

Algumas dessas variedades receberam aprovações regulatórias em diferentes países por agências regulatórias internacionais para aplicações específicas, enquanto outras aguardam resolução e ação finais. Preocupações na Europa e em partes da Ásia desaceleraram o processo de aprovações regulatórias, o que criou a necessidade de maior segregação de grãos e ingredientes alimentícios destinados à exportação para o cumprimento de diferentes restrições internacionais.

 

Como os OGMs são Detectados?

Um ensaio na forma de uma placa ELISA de 96 poços é projetado para um teste com base em laboratório, quantitativo e de alto volume, em que certos equipamentos de imunoensaio estejam disponíveis em documentação e análise de alta escala. Os formatos de membrana lateral flow (LFDs) também são adequados para análises de altos volumes, mas são especialmente projetados para uso em campo, sem necessidade de equipamentos ou instalações adicionais. A próxima evolução em detecção molecular de OGM será a emergência de testes baseados em DNA mais rápidos e consistentes. Anteriormente, esses métodos moleculares, como o polymerase chain reaction (reação em cadeia da polimerase – PCR) consumiam muito tempo, eram caros e exclusivos a laboratórios centralizados. Com a emergência de novas tecnologias, o teste de DNA para detecção de OGM pode ser mais acessível, rápido e simples.

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